O livro "O Óbvio Também Precisa Ser Dito", de Guilherme Pintto, é um verdadeiro manifesto da simplicidade que transforma. À primeira vista, o título parece uma provocação — afinal, por que reafirmar o que todo mundo já sabe? Mas é aí que mora a genialidade da obra: ela convida o leitor a desacelerar, a ouvir o essencial que anda soterrado no barulho do mundo moderno.
📚 Visão geral
Guilherme Pintto escreve com uma sensibilidade afiada e um lirismo cotidiano. Ele nos lembra que:
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O amor precisa ser dito.
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O cuidado não pode ser subentendido.
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O “bom dia”, o “eu te amo”, o “perdão” — tudo isso, mesmo óbvio, precisa ser verbalizado.
Essa é uma obra que mistura crônicas, reflexões e até poesia, sempre com uma linguagem acessível, tocante e direta — como um café morno numa tarde chuvosa ou um abraço inesperado.
🧠 Perspectiva psicológica e neurocientífica
Do ponto de vista da psicologia, este livro toca num ponto-chave: as necessidades emocionais básicas. Todos nós temos a necessidade de pertencimento, de validação e de reconhecimento. O cérebro humano registra melhor aquilo que é dito com clareza, não apenas insinuado. Quando expressamos nossos sentimentos de forma objetiva, ativamos áreas do cérebro ligadas à empatia, confiança e conexão (como o córtex pré-frontal e a amígdala).
O "óbvio" é seguro — mas só se for dito. A ausência de verbalização muitas vezes gera ruído emocional, insegurança, dúvidas, interpretações distorcidas e sofrimento.
📖 Base bíblica
A Bíblia é recheada de exemplos onde o "óbvio" é reforçado com firmeza e amor:
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Jesus constantemente dizia a seus discípulos coisas que pareciam evidentes. Por exemplo: “Não tenham medo.” (Mateus 14:27). Parece óbvio, mas quantas vezes precisamos ouvir isso?
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Em Provérbios 3:5-6, lemos: “Confie no Senhor de todo o seu coração...” — uma verdade aparentemente básica, mas que precisa ser dita e redita até se tornar prática.
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O apóstolo Paulo escrevia às igrejas repetindo o básico da fé cristã, porque o essencial não deve ser esquecido.
🌱 Exemplos práticos
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Um pai que ama o filho, mas nunca diz “eu te amo”, corre o risco de deixar uma lacuna emocional.
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Uma equipe de trabalho que presume que todos estão bem, sem verbalizar apoio, pode afundar em silêncio.
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Casais que acham que o outro “já sabe” o que sente — e deixam de afirmar amor, respeito, admiração.
🌟 Moral da história
Dizer o óbvio é um ato de amor, presença e responsabilidade emocional.
Este livro é um chamado poético à clareza — e à coragem de expressar o que, muitas vezes, deixamos implícito por medo, vergonha ou pressa.
Porque o mundo anda carente de palavras simples, mas sinceras. E talvez a maior revolução emocional comece com algo tão singelo quanto um "eu me importo". 💬✨
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