
Quando não puder controlar o que está acontecendo, dedique-se a controlar como está reagindo.”
Essa simples frase carrega uma sabedoria profunda, respaldada por princípios bíblicos, fundamentos da psicologia, insights da neurociência e exemplos cotidianos. Vamos destrinchar cada camada:
1. Base Bíblica
A Bíblia nos orienta a cuidar da nossa atitude diante das adversidades:
“No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo.” (João 16:33)
“Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade.” (Provérbios 16:32)
Cristo nunca prometeu controle absoluto sobre os acontecimentos da vida, mas nos ensinou a responder com fé, mansidão e domínio próprio — fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23).
2. Psicologia: o controle interno
Na psicologia, essa frase é um resumo do conceito de locus de controle interno: a capacidade de assumir responsabilidade pelas nossas respostas diante do que a vida apresenta, mesmo que não possamos mudar os eventos externos.
O psicólogo Viktor Frankl, sobrevivente do Holocausto, dizia:
“Tudo pode ser tirado de um homem, exceto uma coisa: a última das liberdades humanas — escolher a sua atitude em qualquer circunstância.”
3. Neurociência: emoção e escolha
Do ponto de vista cerebral, o controle emocional envolve o córtex pré-frontal (razão e decisões) inibindo respostas do sistema límbico (emoções e impulsos). Treinar a mente a pausar antes de reagir é como fortalecer um músculo: exige prática, mas torna-se automático com o tempo.
A meditação, a respiração consciente e até a oração atuam diretamente sobre essa habilidade, ativando regiões do cérebro ligadas à autorregulação.
4. Exemplos práticos
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Você não controla um engarrafamento — mas pode ouvir música calma e aceitar a espera com serenidade.
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Não controla a reação injusta de alguém — mas pode escolher responder com firmeza e respeito, sem se igualar à agressividade.
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Diante de uma doença, pode não controlar a cura, mas controla o que alimenta sua alma: esperança ou desespero.
5. Moral da história
Não somos donos do que nos acontece, mas somos mordomos de como reagimos. O caos pode bater à porta, mas a paz é uma construção interna, tijolo por tijolo, reação por reação.
💡 Conclusão poética:
“O mar pode se agitar, mas quem sabe navegar não grita com o vento — ajusta as velas.”
Essa é a arte da maturidade: transformar o inevitável em aprendizado, e o incontrolável em um exercício de fé e autoconsciência.
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