Hoje foi um daqueles dias longos, em que o relógio parece andar de lado e tudo exige mais do que a gente tem pra dar.
Consulta demorada, sala de espera cheia, rostos cansados — e eu ali, tentando manter a paciência de pé. Depois, trânsito. Muito trânsito.
Mas então, um pequeno milagre urbano: passei no McDonald’s e pedi um café. Aquele fumegante, com cheiro de “agora vai”. Tomei ali mesmo, no carro,porque eu tinha pressa.
Cheguei em casa e ainda trabalhei um pouco — porque ser adulta é isso, né? — também respondi mensagens de irmãos da fé, troquei palavras boas com amigos que precisavam de uma luz e deixei o dia render um pouco mais.
Depois, banho. Mas não qualquer banho. Um ritual sagrado hahaha.Porque a água quente tira o cansaço, desfazendo os pensamentos que pesavam nos ombros.
Mas o mais bonito desse dia?
Não foi o café quente do McDonald’s, nem o banho que lavou até a alma, nem o silêncio bom que chegou quando a noite caiu.
O mais bonito desse dia… foi uma criança.
Uma que nem sabe meu nome.
Que não me conhece, nunca me viu antes.
E mesmo assim, correu até mim para me abraçar
só porque gostou de mim.
Naquele abraço pequeno, eu senti algo imenso:
a pureza do mundo ainda existe,
a inocência ainda passeia por aí descalça,
e o amor…
o amor não precisa de apresentações.
Foi esse gesto tão simples, tão gratuito e tão verdadeiro que lavou tudo o que o banho não alcançou.
E aí eu soube:
por mais que o dia tenha sido longo, pesado, atropelado...valeu.
Por aquele abraço, valeu tudo.
0 Comentários
Quer dar a sua opinião?