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Fibromialgia: Um Enigma do Corpo e da Alma

 



 


A fibromialgia é uma condição crônica e complexa que desafia tanto a ciência quanto a sensibilidade humana. Ela se manifesta, sobretudo, como uma dor difusa e persistente em todo o corpo, acompanhada de fadiga intensa, distúrbios do sono, problemas de memória e alterações emocionais. Embora não deixe cicatrizes visíveis, a fibromialgia marca a vida de quem a carrega com profundidade e constância.


🧠 O que é Fibromialgia?

A fibromialgia é uma síndrome de dor musculoesquelética generalizada, caracterizada por uma amplificação da dor pelo sistema nervoso central. Em outras palavras, o corpo sente dor sem que haja, necessariamente, uma lesão ou inflamação visível. A dor é real, mas sua origem está mais na forma como o cérebro interpreta os estímulos do que nos tecidos afetados.

Ela é mais comum em mulheres entre 30 e 60 anos, embora possa acometer qualquer pessoa, inclusive homens e crianças. Estima-se que cerca de 2% a 5% da população mundial conviva com essa condição.


🔍 Diagnóstico: Um Caminho de Eliminação

A fibromialgia ainda não conta com um exame específico para seu diagnóstico. O processo é clínico e envolve:

  • Histórico detalhado dos sintomas.

  • Exame físico para avaliar pontos sensíveis (os chamados "tender points").

  • Exclusão de outras doenças reumatológicas, neurológicas ou endocrinológicas que possam causar sintomas semelhantes (como lúpus, artrite reumatoide, hipotireoidismo etc.).

  • Questionários de intensidade da dor e fadiga.

Os critérios mais recentes para diagnóstico, definidos pelo Colégio Americano de Reumatologia, incluem a presença de dor difusa por mais de três meses e sintomas adicionais como distúrbios do sono, fadiga e dificuldades cognitivas.


💊 Tratamento: Um Cuidado Integrado

Não existe cura para a fibromialgia, mas o tratamento visa controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. É fundamental uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir:

1. Medicamentos:

  • Antidepressivos (ex: duloxetina, amitriptilina) – aliviam dor e melhoram o sono.

  • Relaxantes musculares.

  • Anticonvulsivantes (ex: pregabalina, gabapentina).

  • Analgésicos simples – em alguns casos, podem ajudar.

  • Em casos extremos voltaren,tramal ou morfina

2. Terapias Não Medicamentosas:

  • Exercícios físicos leves e regulares (caminhadas, hidroginástica, pilates): fundamentais para reduzir a dor.

  • Fisioterapia: melhora mobilidade e reduz tensões musculares.

  • Terapia cognitivo-comportamental: ajuda a lidar com o estresse, ansiedade e depressão associados.

  • Acupuntura, yoga, técnicas de relaxamento: auxiliam na redução da dor e na melhora do bem-estar.


🌿 Prevenção: É Possível Evitar?

A fibromialgia não tem uma causa exata conhecida, o que dificulta estratégias de prevenção. No entanto, é possível adotar práticas que reduzam os riscos e os impactos da síndrome:

  • Manter hábitos saudáveis de sono.

  • Evitar o sedentarismo.

  • Reduzir o estresse crônico, com pausas, lazer e autocuidado.

  • Ter uma alimentação equilibrada.

  • Cuidar da saúde mental, buscando apoio quando necessário.


🧭 Viver com Fibromialgia: Um Desafio Constante

Viver com fibromialgia é aprender a respeitar os próprios limites todos os dias. É redescobrir a força nas pequenas vitórias, nos dias com menos dor, nos gestos de compaixão consigo mesmo. É uma jornada que pede paciência, conhecimento, apoio e esperança.

Em tempos modernos de correria e produtividade, a fibromialgia é como um chamado do corpo que exige pausa, escuta e cuidado. Um lembrete poético e severo de que saúde não é ausência de dor, mas sim a presença de equilíbrio, dignidade e amor.

🧠 Fibromialgia sob a Ótica Psicológica: Dor que Fala

Do ponto de vista psicológico, a fibromialgia é considerada uma síndrome psicossomática, ou seja, uma condição em que o corpo expressa dores reais que podem ter raízes emocionais profundas. Muitas pessoas com fibromialgia têm histórico de:

  • Trauma emocional (como abuso ou perdas);

  • Estresse crônico;

  • Depressão ou ansiedade não tratadas;

  • Dificuldade em lidar com exigências internas ou externas.

A dor, nesse contexto, é uma linguagem do inconsciente — um corpo que grita quando a alma cala. O sofrimento físico pode ser uma metáfora viva de batalhas internas não resolvidas. A psicologia propõe, então, que além de tratar os sintomas físicos, é essencial cuidar:

  • Da história emocional do paciente;

  • Da forma como ele lida com suas emoções;

  • De sua autoimagem, autoestima e relações.

A psicoterapia, especialmente abordagens como a terapia cognitivo-comportamental, pode ajudar o paciente a ressignificar sua dor, construir estratégias de enfrentamento e recuperar o senso de controle sobre a própria vida.


🌿 Integração: Cura Integral

Unir a Bíblia e a psicologia não é misturar água e óleo — é regar uma terra seca com fonte dupla: a da fé e a da razão. A dor da fibromialgia, vista com olhos espirituais e compreendida com escuta terapêutica, pode deixar de ser um inimigo e se tornar um mestre silencioso, que convida à transformação.

“Na fraqueza, se aperfeiçoa o poder de Deus.”
2 Coríntios 12:9

“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
João 8:32

Assim, cuidar da fibromialgia é também cuidar da história de vida, da alma ferida e da fé provada. É viver o corpo como templo — às vezes em ruínas, mas sempre em reforma.



Eu estava conversando com uma amiga   dos tempos de colégio que também sofre de fibromialgia ai lembrei-me que fazíamos um acróstico de cada palavra... bons tempos hahaha, então fiz com a palavra fibromialgia.



Essa minha amiga, disse que passou a fazer psicoterapia e sua condição melhorou muito sua situação, atualmente ela já não sofre tanto, as crises não são tão intensas e estão controladas.

Ela me disse que procurou ajuda psicológica por causa do relato abaixo: 


🌷 Exemplo real: Katia, 42 anos – superação através da psicoterapia (caso adaptado de relatos clínicos)

Katia, uma mulher de 42 anos, chegou à terapia após anos sofrendo com dores difusas, fadiga constante, crises de choro, insônia e sensação de desamparo. Foi diagnosticada com fibromialgia aos 35 anos. Havia tentado medicamentos, fisioterapia e até acupuntura, com pouco ou nenhum alívio duradouro.

Na psicoterapia, descobriu-se um histórico de abuso emocional na infância, perfeccionismo severo e uma vida adulta marcada por sobrecarga e ausência de autocuidado. A dor era seu grito interno — um corpo sobrecarregado por uma alma exausta.

Com o tempo, o trabalho terapêutico incluiu:

  • Identificação e processamento de traumas passados;

  • Reestruturação de crenças de autoexigência e desvalorização;

  • Técnicas de regulação emocional, como respiração e mindfulness;

  • Desenvolvimento de limites saudáveis nos relacionamentos;

  • Reintrodução gradual de atividades prazerosas e movimento físico.

Após cerca de 18 meses de acompanhamento, Katia relatava zero dor no dia a dia, sono normalizado, retomada da energia vital e reconstrução da autoestima. Seu reumatologista a considerava em remissão clínica.

Ela dizia:

“Quando parei de me agredir com pensamentos e comportamentos, meu corpo parou de gritar. Eu não estava doente. Estava sufocada.”


🧠 O que isso nos ensina?

A fibromialgia pode ser, em muitos casos, um convite à escuta profunda de si. Embora não possamos prometer cura milagrosa, há inúmeros testemunhos que mostram que o trabalho emocional consistente pode levar a uma vida livre de dor e sofrimento.

A ciência médica ainda não reconhece “cura” definitiva para a fibromialgia, mas existem sim casos documentados de pessoas que alcançaram remissão total dos sintomas — especialmente com abordagens integrativas que incluem psicoterapia, mudanças no estilo de vida, exercícios físicos e autoconhecimento profundo.

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